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quarta-feira, 19 de junho de 2013

"Restituição do Imposto de Renda: Qual a destinação ideal?"

por Aline Cintra


As restituições do primeiro lote do Imposto de Renda referentes ao exercício 2013 (ano calendário 2012) começaram a ser depositadas nesta segunda-feira (17). Segundo a Receita Federal, as restituições serão creditadas mediante depósito bancário para quase dois milhões de contribuintes, totalizando R$ 2,8 bilhões.

Para Reinaldo Domingos, autor dos livros Terapia Financeira e Livre-se das Dívidas, o primeiro passo para saber o destino ideal do dinheiro é identificar em qual perfil você se encaixa. "Há três grupos de pessoas: os endividados, os equilibrados e os poupadores. Os endividados são os que perderam o controle das suas finanças e têm dívidas a pagar. Os equilibrados estão numa situação melhor, mas não têm dinheiro reservado e, por isso, correm risco de se endividar a qualquer momento. Por sua vez, os poupadores são os que já adquiriram o hábito de aplicar o dinheiro", classifica.

O melhor destino para quem está devendo é o pagamento "consciente" das dívidas. Não adianta simplesmente liquidar uma dívida sem fazer um diagnóstico da situação financeira. O ideal é aproveitar a chance do dinheiro da restituição para calcular todo o dinheiro que entra e sai da sua conta, estabelecer prioridades financeiras e fazer um orçamento. O pagamento das dívidas deve entrar nessas prioridades, mas não deve ser a única. É preciso estabelecer outros objetivos que estimulem a poupança.

Quem apenas paga as dívidas sem reestruturar a vida financeira pode continuar o chamado ciclo do endividamento. É importante dar prioridade ao pagamento de dívidas mais antigas, quando os juros da economia estavam mais altos, especialmente as do cartão de crédito e cheque especial e financiamento de veículos, que possuem as taxas mais elevadas.

No caso do contribuinte equilibrado, aquele que possui as contas em dia mas não adquiriu o hábito da poupança, pode ser uma boa oportunidade para criar esse hábito. Mas até para poupar é preciso ter foco. Quem poupa deve poupar para alguma coisa, estabelecendo objetivos de curto, médio e longo prazo. Esses prazos indicarão a melhor aplicação bancária.

É preciso lembrar que o dinheiro da restituição não é brinde, não é de graça, é uma quantia que você pagou e está recebendo de volta.

É preciso analisar as prioridades com cuidado, pode-se investir esse dinheiro, guardar para uma viagem no fim do ano, realizar um sonho de consumo ou poupar para ter uma reserva de emergência.


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