por Marina Semeghini
Comer um pãozinho com
manteiga na chapa, torrada com geléia, um belo bolo de brigadeiro, uma
macarronada especialíssima da nona, bombons para aliviar a vida, simples
refeições como um filé a parmegiana, um peixe frito com limão na beira da praia,
um sanduíche natural ou bem recheado. São dificuldades enfrentadas por uma
pessoa que vive a expressão “contém glúten” no seu dia a dia.
Situações como ir a
restaurantes e questionar a composição dos pratos e na maioria das vezes não
poder provar a sobremesa, saborear um sanduíche em uma rede de fast food, porém
sem o pão, viajar para um maravilhoso hotel com café da manhã típico colonial e
ficar só no pãozinho de queijo, fazem parte da rotina de quem é alérgico ou intolerante
a glúten
Presente em diversos
alimentos, o glúten é a principal proteína do trigo, centeio, cevada, aveia e
malte. É o responsável pela “liga” em alimentos como bolos, pães e massas. Sua
ingestão, nos quadros alergênicos, afeta diretamente o intestino delgado,
prejudicando a absorção de nutrientes.
Sintomas que podem
ser facilmente confundidos com outros distúrbios podem estar relacionados à
intolerância permanente ao glúten também conhecida como Doença Celíaca.
Algumas manifestações
clínicas da Intolerância ao glúten são: dermatites, anemia, diarréia crônica,
distensão abdominal e dores recorrentes, desordens auto-imunes (diabetes,
doença da tireóide etc.), doenças neurológicas, infertilidade, constipação
crônica, déficit de crescimento, mancha nos dentes, osteoporose, esteatose
hepática não alcoólica e alterações no peso corporal.
Estima-se que mais de
um milhão de brasileiros possuam a doença, porém ainda pouco conhecida, afeta
crianças, jovens e adultos geneticamente predispostos.
O tratamento para
este tipo de restrição alimentar é a completa e absoluta exclusão do glúten na
dieta. Fazendo, inclusive, o manuseio e acondicionamento de utensílios e
produtos de forma separada, evitando, assim, a contaminação dos alimentos.
Exames sorológicos e
endoscopia diagnosticam a intolerância no organismo, e só a mudança nos hábitos
alimentares irá garantir uma qualidade de vida saudável.
Além do quadro
alergênico e de intolerância, o glúten pode afetar o sistema imune e causar
distúrbios diretamente em pessoas sem a doença, diagnosticada como síndrome de
sensibilidade. Segundo alguns nutricionistas, os benefícios com a ausência da
ingestão do glúten são inúmeros, incluindo melhor digestão, ausência de
enxaquecas, disposição e controle do peso corporal.
Apesar das
dificuldades apresentadas no começo deste texto, algumas empresas têm visto
neste grupo de pessoas intolerantes a glúten uma ótima oportunidade de novos
negócios o que faz surgir cada vez mais opções de massas, pães e produtos sem
glúten, garantindo um bom equilíbrio nutricional.
Intolerante a glúten
há nove anos descobri nesta tragédia gastronômica um caminho com opções
saborosas, saudáveis e acessíveis.
Visite o blog: nutrissem.blogspot.com
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