por Alexandre França
Montar a árvore de natal é um dia que sempre gostei. Me lembro dos dias de criança que ficava louco esperando minha mãe montar a da família. Desde cedo esse objeto cheio de significados e brilhos me chamava a atenção. Tanto que entre os 9 e 12 anos não me contentava com a árvore da sala e fazia todo esforço para ter uma no quarto também, daquelas feitas com galho de jaboticabeira coletado no quintal. Como enfeites naquela época era coisa cara e rara, inventava adornos com caixinhas, papel, tecidos brilhantes.... passava dias imaginando o que fazer, juntando dinheirinhos para algo mais “especial”.
E esse gosto foi se mostrando como uma vocação pelo que seria meu futuro trabalho. Já nem consigo lembrar do tanto de árvores que montei na minha vida. As de casa, as dos amigos, dos clientes, as de doações, as de presente...... Isso pra não dizer das lojas temáticas de enfeites natalinos.
Cada um tem seu jeito de organizar uma árvore de natal. Não tem regras, nem certo ou errado. Apenas alegria de juntar cores, formatos, memórias. Na minha árvore trago muita coisa, de muitos tempos e lugares. Recordações de viagens, mimos de pessoas queridas, até alguns enfeites que foram da minha avó. Sempre que organizo minha árvore me recordo de quem fui e sou.
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