EDITOR : ALEXANDRE FRANÇA
COLABORDORES : ANDRÉ REIS E BETH SHIMARU

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

"ITAMARATY, UM PALÁCIO BRASILEIRO"

por Alexandre França

Em tempos de política em evidência e eleições por virem, pensarmos sobre nosso patrimônio cultural, tão deixado de lado pelas últimas gestões, faz se muito necessário. A valorização da produção cultural de nosso país tem sido ignorada pelos vários níveis das administrações e instituições públicas. Não têm se preocupado em estimular, preservar e valorizar nossas idéias, construções e trabalhos de arte e cultura em toda sua diversidade. A cultura é tão necessária à um povo como a saúde e a educação. Se estabelecem de modos e tempos distintos, portanto a questão não é de prioridades, mas sim de um projeto amplo que contemple cada segmento com suas singularidades.




Esse post é sobre o Palácio do Itamaraty, como exemplo de um belo conjunto de criações e criadores em prol de um projeto maior.



Projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1970, o Palácio Itamaraty é a sede do Ministério das Relações Exteriores. Durante a concepção do projeto, coube ao Embaixador Wladimir Murtinho transmitir ao arquiteto as necessidades que precisariam ser atendidas, a parceria tão bem sucedida que, até hoje, não foi necessário fazer qualquer modificação estrutural no edifício. O cálculo estrutural, que permitiu a realização de impressionante vão-livre, foi realizado pelo engenheiro Joaquim Cardoso.





O Palácio Itamaraty foi concebido como edifício que serviria ao propósito de apresentar o Brasil aos visitantes estrangeiros e, portanto, foi construído apenas com materiais nacionais e seus salões abrigam obras apenas de artistas nascidos ou naturalizados brasileiros – como Athos Bulcão, Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Frans Krajcberg, Franz Weissmann, Maria Martins, Mary Vieira, Iberê Camargo, Ione Saldanha, Rubem Valentim, Sérgio de Camargo e Tomie Ohtake. O paisagismo é autoria de Roberto Burle Marx.




De minha experiência pessoal, sempre me recordo das imensas tapeçarias, do mobiliário trazido dos tempos do Brasil Império, da impactante e aconchegante sala de almoço (para poucos convidados) toda revestida de seda na cor azul e com teto original barroco vindo de uma antiga fazenda mineira.




Pena que poucos brasileiros se interessem em conhecer um local tão de fato impregnado de coisas boas do Brasil.

Vale a pena conhecer !

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