EDITOR : ALEXANDRE FRANÇA
COLABORDORES : ANDRÉ REIS E BETH SHIMARU

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"Experiência única com os Índios do Panamá"

por Ewaldo Chiang - Grand China


Se você leu o meu perfil, viu que uma das frases que mais gosto é "Comer, Beber e Viajar".

Este ano tive a oportunidade de conhecer um pouco a Cidade do Panama. Foi a estadia onde mais degustei "Patos de Pequim". Mas isto é uma outra história.

Como faço toda vez, fiz uma pesquisa sobre os locais turísticos e gastronômicos da cidade. Eis que me surge a possibilidade de conhecer "in loco" uma tribo indígena. O tour era composto de um passeio de canoa típica, uma cachoeira e um almoço com os índios.

Foi muito mais que isso!! A empresa (myfriendmario.com) nos recepcionou em uma manhã às 8:30h no hotel. Viajamos durante quase uma hora de carro até chegar a beira do rio Chagres. Vestimos o colete salva-vidas e navegamos durante uma hora.



O complexo era muito grande. Só pra imaginar, você pode multiplicar a represa de Miranda por 8. A vegetação era densa e muito verde, com árvores imensas. Avistamos algumas garças e depois de algum tempo o barco diminuiu a velocidade para entramos em um "funil" no meio do rio. Em vários momentos o casco do barco encostava no fundo pois haviam partes bem rasas. Eu mesmo desci do barco pra empurrá-lo. Paramos em uma margem e neste momento tivemos que caminhar.


Estava quente e abafado. Certamente estávamos preparados (chapéus, protetores, roupa leve e muita água) mas como nos embrenhamos na mata, havia muita sombra. Me lembrei daquelas expedições (de escoteiro, mas nunca fui um) que fazíamos quando criança. Caminhamos durante meia hora. Perto da cachoeira encontramos alguns turistas europeus. Coitados! Era um casal e estavam de "salto e gravata". Vai ver eles queriam fazer um tour logo que desembarcaram no aeroporto. Cada um é cada um. Mais alguns minutos de caminhada, subidas e descidas de morro, andar sobre pedras e "voilá". Só estando lá pra descrever aquela visão. Uma queda d'água de uns 10 metros, finalizando em um pequeno lago com água cristalina e potável, era uma nascente.


Adivinhe se mergulhamos?.... Estávamos no meio da mata. Nadei, mergulhei, vi os peixinhos, fiquei debaixo da queda, tirei fotos, enfim foi o refresco que necessitava depois desta "maratona ecológica". Não tinha acabado. Já era quase meio-dia e eu tinha somente com o café-da-manhã. Fomos ao encontro então da tribo (Embera Indian Village). Fomos recebidos com música (tambores e flautas). Era hora do almoço e outros grupos turísticos se juntaram a nós. Sim, a senhora de "salto" o senhor de "gravata" estavam conosco também. As índias fizeram nosso almoço. O menu era bastante simples; tilápia e banana da terra empanados numa farinha muita fina.


Foram servidos em folha de bananeira. Quer saber? A sensação era como se fóssemos da tribo, aproveitando cada pedaço, sabor e textura. Meu filho de 6 anos, curtiu cada momento. De sobremesa foram servidos frutas fresquinhas; melancia, manga e abacaxi da região. Depois deste almoço, o "cacique" (líder) da tribo, nos contou um pouco da história da tribo, falou-nos sobre a região onde estávamos e o dia-a-dia deles. Boa parte da renda deles vem das plantações (frutas e verduras) e do turismo. Fomos depois para o Gran Tambo (oca principal) onde houve uma apresentação de dança. Além da apresentação fomos convidados também a aprender os passos do ritmo panamenho (a gente se divertiu bastante!). As mulheres demonstraram seu artesanato e no final, a tarde ficou livre para as fotos e os "souvenires". Valeu a pena estar mais perto das nossas origens.

Dica: Se você tiver a oportunidade de fazer este tour fique de roupa de banho na volta da canoa.



Um comentário:

  1. Nossa deu uma vontade de me refrescar nessa cachoeira ^^

    -

    http://snestalgia.blogspot.com.br/

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