por Fernanda de Oliveira
Todos, quando crianças, tivemos um “filme que mais vimos na vida”. Um que nos fez voltar ao cinema várias vezes ou implorar “ mãe coloca de novo!” E de novo e de novo...
Como se quiséssemos reaver aquela primeira sensação.
Te convido a recordar agora aquela fase em que decorávamos cada cena do filme preferido, que recitávamos as falas e até sonhávamos com os figurinos! E que gritávamos em susto “Essa parte é a melhor”!
Qual é o SEU filme?
Neste exercício de rebobinar a si mesmo, torna-se fácil entendermos de quais fontes surgiram o que somos. Por isso que adoro começar uma história com “quando eu era pequena...” ! Minha memória, minha aliada...
No meu caso, não tenho noção de quantas vezes assisti The Sound of Music (Noviça Rebelde). Milhares talvez, “globalmente” dublada e regravada em uma fita Vhs já gasta por inúmeras novelas!
Imagino eu que tenho o privilégio de ainda me lembrar exatamente da primeira vez que o vi! Nos meados dos meus oito anos, como calmante, seguido do tradicional “Vê se dorme”. Mas chegando a hora do casamento da Maria e Capitão Von Trapp (não querendo ser spoiler) minha avó, espertinha, desliga a TV e fala: “Acabou! Pra cama Paula e Fernanda”.
Fui dormir obediente, com a noção e excitação de ter visto o “meu filme”. A sensação era de ter me encontrado, de ter me visto, como se tudo o que eu gostaria em humor, música e inocência fosse possível de se assistir.
No dia seguinte a surpresa não me coube, contada em uma cara bem lavada!
Eu ainda tinha uma hora ou mais de filme! Que sonho é esse em que você pode ver a Branca de Neve casada em sua vida já no castelo, ou a Mary Poppins em sua casa nas nuvens? Ou ver o dia-a-dia feliz do Senhor Gepeto com um menino de verdade?.... Dá pra imaginar....
Quem sabe essa magia toda a mais seja um dos motivos pelos quais alguns de nós vivem assim cantando, dançando e escalando seus sonhos...
Fraulein Maria trouxe música à vida do Capitão Von Trapp e minha avó para a minha.
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