por Alexandre França
Xilogravura significa gravura em madeira. É uma antiga técnica, de origem chinesa. Na xilogravura se utiliza uma placa madeira como matriz que possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de um instrumento cortante (goivas), a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Após este procedimento, usa-se um rolo de borracha embebida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura.
Um detalhe importante é que o desenho sai ao contrário do que foi talhado, o que exige um maior trabalho do criador. A partir deste processo é possível fazer uma tiragem da imagem trabalhada, ou seja, uma quantidade de cópias dessa matriz.
Existem dois tipos de xilogravura: a xilogravura de fio e a xilografia de topo que se distinguem através da forma como se corta a árvore. Na xilogravura de fio (também conhecida como madeira à veia ou madeira deitada) a árvore é cortada no sentido do crescimento, longitudinal; na xilografia de topo (ou madeira em pé) a árvore é cortada no sentido transversal ao tronco.
A xilogravura é muito popular na região Nordeste do Brasil, onde estão os mais populares xilogravadores (ou xilógrafos) brasileiros. A xilogravura era frequentemente utilizada para ilustração de textos de literatura de cordel. Alguns cordelistas eram também xilogravadores, como por exemplo, o pernambucano J. Borges (José Francisco Borges).
Nomes importantes da gravura brasileira: Goeldi, Lasar Segal, Maria Bonomi, Renina Katz , entre outros.
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