EDITOR : ALEXANDRE FRANÇA
COLABORDORES : ANDRÉ REIS E BETH SHIMARU

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"LYGIA CLARK NO MOMA"

por Alexandre França


Com informações de BBC BRASIL



O Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, abriu no dia 10 de maio a primeira grande retrospectiva dedicada à artista plástica brasileira Lygia Clark em um museu americano.


Por meio de 300 obras reunidas de coleções públicas e privadas e organizadas de forma cronológica, a mostra Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948-1988 ("Lygia Clark: O Abandono da Arte, 1948-1988") aborda todas as fases da carreira da brasileira morta em 1988, que se tornou referência para artistas na exploração dos limites das formas convencionais de arte.



Nascida em Belo Horizonte, em 1920, Lygia Clark construiu sua carreira no Rio e em Paris. A exposição divide as quatro décadas de sua produção artística em três grandes temas: abstração, neoconcretismo e abandono da arte.




Na primeira fase, estão as pinturas e desenhos do fim dos anos 1940 e dos anos 1950, com grande influência da arquitetura, exploração dos limites entre pintura e moldura e a descoberta do que Lygia Clark chamava de "linha orgânica", uma incisão na superfície da obra. É desse período a série Superfícies Moduladas.



A seguir, estão os trabalhos do período do neoconcretismo, movimento artístico de vanguarda brasileiro do fim dos anos 1950.



As esculturas manipuláveis da série Bichos, dos anos 1960, com sua infinidade de formas possíveis de acordo com a interação do público, marcam o início da participação ativa do espectador na obra de Lygia Clark. Além dos originais, há réplicas que podem ser manuseadas pelos visitantes.




A parte final aborda o período a partir dos anos 1970, quando ela passou a se dedicar a obras que incluíam a participação ativa do público, acabando com a distinção entre artista e espectador.


Lygia Clark parou de se definir como artista e passou a se concentrar no desenvolvimento de experiências sensoriais e seu uso terapêutico.

Estão expostos vários desses objetos sensoriais, que eram aplicados diretamente no corpo dos participantes.

Além de vídeos com imagens da época, os visitantes contam com a ajuda de monitores especialmente treinados para reproduzir as experiências sensoriais.

A exposição ocupa o sexto e o quarto andar do museu, onde foi remontada a instalação "A casa é o corpo: penetração, ovulação, germinação, expulsão", criada em 1968 para a Bienal de Veneza.

A exposição fica em cartaz até 24 de agosto.








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