EDITOR : ALEXANDRE FRANÇA
COLABORDORES : ANDRÉ REIS E BETH SHIMARU

sexta-feira, 11 de abril de 2014

"LEQUES"

por Alexandre França

Nesses tempos em que o calor não desiste de se aproximar, muitas vezes o uso de um simples objeto pode dar um “refresco” junto ao desconforto. Você já usou um leque ou ventarola para se abanar? ou já foi abanado por alguém? Sabia que a história dos leques é bem antiga? Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não podendo expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto imitado por outras damas do baile.







As principais civilizações desde a Antiguidade fizeram uso dele, como o Egito, Assíria, Pérsia, Índia, China, Grécia e Roma, tendo ele sido utilizado como símbolo de poder em sua essência. As ventarolas foram as primeiras a chegarem na Europa durante os séculos XII e XIII provenientes do Oriente através das Cruzadas. Porém foi apenas no século XVI, quando os portugueses trouxeram os primeiros exemplares das suas colônias da Ásia, que iniciou-se de fato a moda de seu uso na Europa. Sendo assim nos séculos XVII, XVIII e XIX tornaram-se um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo salões e despertando paixões.







Fabricados com diferente materiais e técnicas como o marfim, a madrepérola, as madeiras perfumadas, as plumas, os tecidos e os papeis pintados em litografia aquarelada ou têmpera. Na maioria com cenas de gênero galantes, mitológicas, campestres ou orientais, muitas vezes retratando momentos históricos.







É um hábito que poderia ser incorporado ao nosso dia a dia. Econômico, sustentável, faz bem ao corpo pela movimentação motora e de fácil transporte e manuseio.


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