por Alexandre França
Muitos de nós ainda lembramos daqueles móveis em nossas casas, ou dos tios e avós, em que os encostos ou assentos eram recobertos por palhinha. As estruturas normalmente em madeira eram o suporte indicado para suportar o peso e servir de apoio ao emprego daquele delicado mas resistente material. É uma pena que temos perdido a capacidade de manter vivas áreas do conhecimento humano que são simples e inteligentes. O uso desse material remonta ao Brasil colônia, tradição herdada dos nossos antepassados portugueses. Conhecida desde o antigo Egito, a técnica de execução de assentos de palhinha para cadeiras tornou-se extremamente popular no século XIX, quando em Viena foram construídas milhares de cadeiras de linhas curvas e assentos de palhinha. Por esse motivo, se tornariam conhecidas como cadeiras austríacas, sendo difundidas mais tarde por todo o mundo. Totalmente adequada ao nosso clima sempre quente, a palha trançada permite uma intensa ventilação ao nos acomodarmos em cadeiras, bancos e afins. Flexíveis sem perderem a formas. Vale lembrar também que resgata um fazer que pode ser artesanal, ampliando possibilidades de emprego. O design de ambientes atualmente tem redescoberto essas possibilidades.
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